sábado, 25 de julho de 2009

Quase dezoito.

Tem quase dezoito anos, mas sente que tem uns sessenta. Sente-se tão só, ninguém parece pensar e sentir como ela. Ela pensa além da escola, dos meninos bonitos, do vestibular. Ela quer ser mais, mas sente que está apenas desperdiçando a vida. Ela quer ajudar, fazer a diferença, enquanto a única preocupação das suas amigas é tirar boa nota em física. Ela sente, ela absorve, ela vive. Sente mais, muito mais. Tudo para ela é tão intenso, palpável, pesado, concreto. É difícil respirar. Todos dizem que ela é uma boa garota, menina calma, estudiosa. Mas é só isso? Ser bom se baseia nisso? Ela nunca amou sem medir conseqüências, nunca se arriscou para salvar alguém, nunca disse “eu te amo” para quem realmente merecia. Ela tem tanto, mais tanto medo. Medo de nunca fazer nada, de continuar a ser apenas a boa garota. Tem medo de nunca amar, de nunca ser fundamental para alguém, de que alguém nunca diga que precisa dela. Dói, tudo dói. Mas ela prefere assim. Talvez o maior de todos os medos seja deixar de sentir, conformar-se, parar de chorar e de sorrir e, principalmente, deixar de sonhar.

Um comentário:

  1. Huwhusws, poodes crer.

    E quanto ao seu post, eu nem quero opinaaar haha Maaas eu sei exatamente como é isso, doido. O problema é que eu sou...não sei nem a palavra, talvez insegura, mas nem é exatamente isso, tipo...talvez acomodada, vc entendeu.
    :x

    ResponderExcluir