sábado, 12 de dezembro de 2009

Do dia em que não tive medo

É, eu sei que ainda não estou de férias...



Eu ouvi um “para sempre”, um “nunca nos separarmos”, um “amor da vida”, e quer saber? Eu não me assustei, nem um pouco, eu não hesitei nem um minuto, não fiquei com a garganta seca nem minha cabeça começou a girar a mil por hora planejando um plano infalível de sair dali. Não, dessa vez eu queria ficar, dessa vez eu até me permiti pensar sobre, eu me permiti acreditar. Pode ser que o nosso “para sempre” seja muito pouco tempo diante da eternidade, mas o que fica são as lembranças, e eu me lembrarei do dia em que eu não tive medo, do dia em que eu nem ao menos pensei sobre ter receio; eu apenas fiquei leve e consenti em sonhar, ser levada pelo sonho alheio para um lugar distante.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Agora só nas férias ;~

domingo, 22 de novembro de 2009

Do meu jeito de dizer que gosto de você

Mila Monteiro diz:
entendii ;]
eu só sei que você me faz bem
que eu gosto de estar com você
que a gente se entende
que eu sinto sua falta
e que você é especial pra mim ;x

sábado, 14 de novembro de 2009

Sobre o meu medo

Eu que escrevo sobre arriscar-se, não ter medo do desconhecido, de parecer vulnerável; eu que escrevo sobre dizer “eu te amo”, tenho medo. Eu não havia percebido como meu medo é grande. Meu medo de ficar vulnerável dizendo tudo que eu sinto misturado e confuso aqui dentro faz-me parecer uma mentirosa. Eu percebi que vendo a imagem do dizer-tudo-que-se-sente-a-qualquer-hora-e-pra-quem-for, mesmo fazendo o contrário. Mas eu defendo isso sim. Acho lindo, e se você me pedir um conselho é isso mesmo que eu vou dizer. Mas há alguma coisa aqui dentro que me impede de agir assim; acho que nunca disse nem a uma terceira pessoa que já amei; para falar a verdade eu não sei se já ou não. Esse tal de amor sempre deixo meio no banco de reservas quando tento falar de sentimentos, não porque eu não ame, amo sim, amo muito; é só porque às vezes não sei reconhecê-lo.
Tenho medo que as pessoas percam o interesse em mim como eu costumava fazer. O máximo que eu disse a quem eu mais gostei, foi: “-Eu acho que gosto de você.” É, foi triste.
Nos filmes sempre fazem parecer que a mulher que é assim tem um ar misterioso que deixa todo mundo louco, mas não é realmente desse jeito; descobri que esse medo impede as pessoas de também demonstrarem seus sentimentos. Já disseram que eu sou meio fria, mas não sou. Aqui dentro tem tanta coisa, tanto amor, tanto carinho.
Vou tentar, a partir de agora, esquecer do medo, e deixar transbordar todo bem querer que há em mim.

sábado, 31 de outubro de 2009

“Agora te escreverei tudo que vier a minha mente com o menor policiamento possível.” C.L.

Pois é, estou mais velha: 19 anos. Ah, eu acho 19 anos tão blá, não tem a empolgação dos 18, nem o medo dos 20. 19 anos é tão perdido no tempo, tão “não sei quem sou nem o que vou fazer da minha vida” (embora essa dúvida perdure, em muitos casos, por toda a vida). 19 anos é desejar com todas as forças poder passar uma tarde de dia da semana jogada no sofá assistindo TV, mas não poder porque tenho que estudar, ir à universidade, ir ao inglês, etc, etc, etc. 19 anos também é farra, é ter amigos mais que especiais, sem os quais os 19 anos não teriam a mínima graça. 19 anos é ter entrado na universidade e ter conhecido pessoas realmente boas. Espero saber aproveitar bem esse ano, pois daqui a pouco minha velhice não vai caber nos meus dedinhos.
Mudando de assunto, já que não devo mesmo me policiar, muito menos me preocupar se um assunto tem ligação com o outro, eu estava pensando esses dias no destino. Elaborei mais ou menos uma teoria: inventaram essa história de destino por medo. Medo de saber que se não tivessem se atrasado 5 minutos a vida poderia ter sido diferente. Só é parar e pensar, quantas pessoas você conheceu em situações que se você tivesse feito uma coisinha diferente não seria assim? Será destino? Ou um emaranhado de possibilidades e oportunidades que a gente vai seguindo como num labirinto? Mas talvez no fim desse labirinto todinho a gente encontre mesmo o danado do destino. Não sei. Só sei que eu seria outra pessoa se não tivesse vivido o que vivi, se não tivesse assistido aos filmes que assisti nem lido aos livros que li, muito menos se não tivesse conhecido as pessoas que eu conheci. Só não sei se eu seria melhor ou pior, talvez o melhor seja não pensar nisso. Gosto de mim assim, eu acho. Mas me dá um apertinho pensar que há um mundo de possibilidades, e quando você escolhe uma delas, está perdendo todas as outras. Será que se agora ao invés de estar aqui escrevendo eu estivesse na rua, conheceria o amor da minha vida? Não sei. Talvez quando eu terminar aqui eu vá dá uma espiada pra ver se ele ainda está lá.
Eu tenho que tomar banho, lavar o cabelo, fazer hidratação, ir ao salão, arrumar meu quarto, passar as fotos, terminar o filme que eu comecei ontem, ler um pouquinho, fazer exercício do inglês...ai, queria tanto poder parar o tempo. Esse malandro tá correndo tão depressa ultimamente. A gente já tá praticamente em novembro! Isso me assusta de um jeito inimaginável, saber que tudo tá passando tão rápido, e eu me sinto na obrigação de aproveitar ao máximo. Quando começo a tentar me imaginar daqui a uns 10 anos, não sei nem por onde começar. Será que vou casar, ter filhos? Será que continuarei morando aqui? Será que terei os mesmos amigos de hoje? Em quê vou trabalhar? Não sei. Só o tempo vai dizer. Apenas espero não chegar aos 40 anos e me arrepender de não ter feito tudo que eu queria fazer. Quero viajar muito ainda, muito mesmo; quero conhecer gente, de todos os tipos, tamanhos e cores; quero aprender muito; quero ler trilhões de livros e assistir a mesma quantidade de filmes; quero saber falar francês fluente; quero continuar rindo de tudo. Quero ser feliz, oras.

domingo, 25 de outubro de 2009

Água Viva

"Mas eu denuncio. Denuncio nossa fraqueza, denuncio o horror alucinante de morrer - e respondo a toda essa infâmia com - exatamente isto que vai agora ficar escrito - e respondo a toda essa infâmia com a alegria. Puríssima e levíssima alegria. A minha única salvação é a alegria. Uma alegria atonal dentro do it essencial. Não faz sentido? Pois tem que fazer. Porque é cruel demais saber que a vida é única e que não temos como garantia senão a fé em trevas - porque é cruel demais, então respondo com a pureza de uma alegria indomável. Recuso-me a ficar triste. Sejamos alegres. Quem não tiver medo de ficar alegre e experimentar uma só vez sequer a alegria doida e profunda terá o melhor de nossa verdade. Eu estou - apesar de tudo oh apesar de tudo - estou sendo alegre neste instante-já que passa se eu não fixá-lo com palavras. Estou sendo alegre neste mesmo instante porque me recuso a ser vencida: então eu amo. Como resposta. Amor impessoal, amor it, é alegria: mesmo o amor que não dá certo, mesmo o amor que termina. E minha própria morte e a dos que amamos tem que ser alegre, não sei ainda como, mas tem que ser. Viver é isto: alegria do it. E conformar-me não como vencida mas num allegro com brio."
C.L.

sábado, 10 de outubro de 2009

Solidão [3]

Ontem eu decidi ser sozinha. Pelo menos por uma noite, uma noite minha, só minha. Filme romanticozinho com choro no final, céu estrelado, contemplação. Sentar em frente ao espelho para tentar se achar, ver-se por inteiro, achar algo escondido por dentro do castanho dos meus olhos. Do que eu gosto? De quem eu gosto? Quem eu quero ter por perto sempre? O que me faz bem? A quem eu quero bem? Eu sei de algumas coisas, já as outras escapam pelas minhas mãos. Estou em constante mudança; entre um piscar e outro já não sou eu mesma, uma metamorfose ambulante, como diria Raulzito. Diante dessa dinamicidade do ser eu me perco, penso se não seria melhor ser estática; vontades, gostos, amores, idéias sempre os mesmos. Mas não, aí não teria graça, prefiro mudar, sempre. Entre uma gargalhada e outra há minha tristeza. Entre uma lágrima e outra há minha alegria. Entre os meus tantos eus há você. Mas eu não sei se você teria paciência para decifrar todas as minhas faces, saber quando eu só quero você por perto me abraçando; ou quando eu não quero o silêncio, quero que você fale e fale sobre tudo, sobre o mundo, você, eu, nós. Devido a essa dificuldade, deixo você ficar do meu lado sem me decifrar, acho que no final das contas sou indecifrável. Se você decifra o meu eu hoje, amanhã já não sou a mesma. Deixo você ficar sem entender, mas aí tem que sentir. Sentir vale mais, muito mais. Se não sente, vai embora, mas se sente, vem pra perto. Eu sempre te procurei, porque além de você entre os meus eus há também a solidão. E a você que eu ainda não sei quem é, peço que venha logo, vem me fazer ser eu junto com você, porque nessa noite só minha eu percebi que não gosto tanto assim da solidão.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Um só

Eram jovens. Conheceram-se há um ano. No instante de um olhar eles souberam que se pertenciam. Foi rápido e mágico. Obra-prima do destino. Desde então ela era dele e ele era dela. Eles não se importavam em não serem donos de si. Era bom ter alguém com quem dividir o pesado cargo de ser. Ele era ela e ela era ele. Como nunca foram ninguém antes. O mundo duplicou e se uniu. Eles juntos eram um só. Ela o respirava e ele a respirava. Nunca antes necessitaram tanto de alguém. Não suportavam a falta de ar causada pelo não-estar-junto-sempre. Eles agregados eram melhores, mais fortes do que jamais foram. A eternidade não parecia suficiente para tanto amor. Depois de um tempo veio a notícia: ele iria embora, para longe. O mundo parou, mas não o tempo suficiente para ela absorver o significado daquilo. Como ela seria sem ele? Ela viveria vazia e incompleta para sempre? Ele voltaria? Não sabendo nenhuma das respostas, fizeram um juramento: viveriam os dois meses seguintes como nunca antes, aproveitariam cada piscar, cada sussurro, cada inspiração, cada bater do coração do outro. No começo foi assim, o carinho já imensurável aumentou mais um pouco. Mas de repente, ela mudou. Não ria mais como antes, tornou-se fria e distante. Teria o amor acabado? Aquela situação o matava aos poucos. Ao final os dois perderam o brilho no olhar. Aquela áurea de gente completa e feliz sumira. Até que um dia, ao final de um melancólico passeio pela praia, ele a puxou e perguntou: “- Por que você está fazendo isso comigo?” O desespero na sua voz era quase palpável, era pesado. Não agüentando a carga do desespero dele, ela sentou, ficou de cabeça baixa e chorou. Esvaiu-se nas lágrimas de uma vida toda, de uma dor toda. Após os soluços disse: “– Eu estava tentando me acostumar com minha vida sem você. Estava tentando ser triste desde agora. Estava perdendo meu norte, meu chão, meu tudo. Estava me habituando a ser eu mesma sem você por perto.”Aquela noite foi a mais bela e triste que eles já tiveram. Dormiram juntos, abraçados. Choraram a tristeza dos dois, a mesma que não os faria esquecer um do outro.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

No meio do caminho

No meio da vida. No meio do tempo, do espaço. No meio da rua. No meio da praça. No meio da chuva. No meio dos carinhos; quem sabe, no meio do amor. No meio da paixão. No meio do seu sorriso peralta. No meio do arco-íris. No meio do sorvete. No meio da música, do filme, do livro. No meio do meu escrever e do seu ouvir. No meio da euforia, do frio na barriga, da vontade incontrolável de rir. No meio das minhas roupas, dos meus livros, meus discos. No meio do mar, da lua. No meio do céu estrelado. No meio das cobertas, do chocolate quente. No meio da determinação, da atenção, do ter cuidado. No meio do mundo. No meio de tudo. No meio do nada. No meio do caminho, espero lhe encontrar.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Just tired

Cansei. Cansei das minhas coisas se tornarem passado antes mesmo de se tornarem futuro. Cansei de tudo meu acabar antes mesmo de começar. Cansei das possibilidades de algo maior se encerrarem no primeiro capítulo. O que é? Eu não mereço? Eu acho que mereço sim. Mereço o que há de melhor, mereço mãos dadas, beijos na nuca, olhares apaixonados, declarações no meio da tarde, sorvete no domingo, cinema na sexta. Eu mereço, e desejo tanto. Estou sem forças, sentindo-me em uma segunda feira em pleno sábado. Não, não é exatamente por ele, só o conheço há uma semana. É o perceber que desde o começo do ano, tudo acaba assim, de repente, evapora na minha frente. E eu não entendo, mas há algo me incomodando aqui dentro, procuro palavras, mas não as encontro. Fecharam a porta. Encerraram qualquer possibilidade. Logo para mim, que crio expectativas com tudo. Talvez esse seja meu mal, mas é assim que os sonhadores são. Passam 5 minutos pensativos e já fizeram a trajetória de uma vida toda, com uma casa no campo e um cachorro no quintal. Eu sou assim, e logo comigo, fecharam a porta.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

UP - Altas Aventuras


Ellie não precisou viajar até aqui, América do Sul, para viver grandes aventuras; ela viveu todas as aventuras em uma vida banal ao lado do seu amor de infância.























Acho que estou pronta para viver grandes aventuras.

sábado, 12 de setembro de 2009

Não tenha medo, as coisas podem estar um pouco fora dos trilhos agora, mas vai dar tudo certo, eu tenho certeza. Não tenha medo de viver, arrisque-se. Não pense que você não dá conta de tudo misturado, um dia as coisas voltam pro lugar. Não afaste as pessoas que gostam de você, às vezes elas são a solução dos seus problemas. Tenha fé, muita fé, acredite. Pense sempre que mesmo se não der certo, você tentou; seu esforço lhe fez crescer, fez-lhe melhor. Não fique sem dormir, preocupado; durma bem, sonhe sempre. Sempre. Você acha que não, mas você ainda tem uma vida inteira pela frente, ainda há tempo. Tem gente que recomeça aos 50, 60, 70. Veja beleza em tudo, ainda há beleza. Você é lindo e merece o melhor. Aproveite sempre, não tenha medo de ir em frente por medo das coisas acabarem; tudo acaba. Mas o que fica são os momentos bons que passamos. Vá atrás dos bons momentos, mesmo que durem muito pouco. Não pense muito antes de fazer coisas importantes, essas a gente tem que fazer sem pensar. Você já tem muitas histórias pra contar, arrume mais, muito mais. Você, um dia, poderá dizer a quem quer que seja que foi atrás do seu sonho, e isso já é uma vitória. Não tenha medo de recomeçar, a vida é feita de recomeços. Não se arrependa de nada. Não desanime, pense sempre no melhor. Conserve os velhos amigos e faça muitos outros. Seja sempre assim, determinado. Tenha sempre por perto pessoas especiais para lhe ajudarem a seguir a direção certa. Fique bem.

sábado, 5 de setembro de 2009

"Mas que seja bom o que vier, para você, para mim."

Eu só quero que você esteja bem, que você fique bem. Aprendi com o Caio F. Eu me peguei pensando na primeira vez que a gente conversou sobre essas coisas, e naquela vez eu me permiti ficar triste por um dia inteirinho. E agora, eu só quero ver você feliz, de verdade. Não importa como, quando, onde ou com quem. Eu quero você bem. E eu adoro saber que você confia em mim, eu adoro o fato de você me contar todas essas coisas. E no fim, eu também estou bem. Estou pronta pra recomeçar, nunca me canso de recomeçar. Mas sem deixar para trás o que foi bom e verdadeiro, isso eu carrego sempre comigo. Sempre.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O que eu também não entendo

Essa não é mais uma carta de amor
São pensamentos soltos
Traduzidos em palavras
Pra que você possa entender
O que eu também não entendo...

Amar não é ter que ter
Sempre certeza
É aceitar que ninguém
É perfeito prá ninguém
É poder ser você mesmo
E não precisar fingir
É tentar esquecer
E não conseguir fugir, fugir...

Já pensei em te largar
Já olhei tantas vezes pro lado
Mas quando penso em alguém
É por você que fecho os olhos
Sei que nunca fui perfeito
Mas com você eu posso ser
Até eu mesmo
Que você vai entender...

Posso brincar de descobrir
Desenho em nuvens
Posso contar meus pesadelos
E até minhas coisas fúteis
Posso tirar a tua roupa
Posso fazer o que eu quiser
Posso perder o juízo
Mas com você
Eu tô tranquilo, tranquilo...

Agora o que vamos fazer
Eu também não sei
Afinal, será que amar
É mesmo tudo?
Se isso não é amor
O que mais pode ser?
Tô aprendendo também...


Jota Quest.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

As always

Já tive ódio de um garoto que interpretava todos os meus “boa noite” como uma declaração de amor seguida de um pedido de casamento. Mas analisando bem o caso, eu entendo. Eu já fiz isso. Já fiz a mesma coisa. Seus abraços, sua atenção, seu carinho... eu interpretava tudo da maneira como eu queria, eu via tudo como se você me quisesse. Mas quando a gente procura indícios que alguém gosta da gente, geralmente é porque esse alguém não gosta. Quando gosta a gente percebe no olhar. Quando gosta a pessoa nos demonstra de um modo simples e eficiente. O caso é que já fui assim com você. Qualquer ligação sua dizendo que tava passando aqui em casa, meu coração acelerava de um jeito que só vendo. E olhe que a maioria dos meus amigos faz isso. Era você me abraçar e eu suspirava tanto que ficava mais leve. E olhe que todos os meus amigos me abraçam.
A próxima fase foi quando eu tentei me enganar fazendo justamente o contrário, bancando a indiferente. Abraçou-me? Ligou? Veio aqui? Ah, legal. Mas eu nunca consigo passar mais de um dia assim. Com o tempo, pelo menos com você, eu aprendi a não interpretar mais nada, assim as coisas ficam mais fáceis. Quando você deitou no meu colo e eu fiquei mexendo no seu cabelo, e depois você que ficou mexendo no meu, eu não vi isso como um pedido de casamento, eu apenas gostei, gostei daquele momento e ponto. Aprendi a aproveitar cada situação sem análises loucas. Às vezes fico pensando se isso não é uma forma de mendigar carinho, sabe. Mas aí me lembro daquela cena, você correndo de braços abertos, com um sorriso no rosto vindo em minha direção, e então lá se vai qualquer pensamento. Porque o que conta no final são as lembranças, e eu as tenho, não quero perdê-las. Quero, sempre que eu estiver com vontade, fechar meus olhos e ver você correndo em minha direção.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Eu sou forte

Essa semana eu fiz umas massagens que a mulher apertava mais que tudo no mundo. Era quase um espancamento consentido. E ela depois me perguntou: “Oxe, você não sente dor, não?” Eu sorri, e disse que sentia sim, mas que eu era forte em relação à dor. Fazendo depilação, a mulher me perguntou a mesma coisa devido a minha placidez enquanto ela praticamente arrancava minha pele fora. E eu respondi do mesmo jeito. Hoje eu fiquei pensando que eu realmente era forte em relação à dor, mas não é que não doesse, doía sim. Na maioria das vezes era uma dor totalmente suportável, mas em outras, dava vontade de gritar, e eu não gritava, permanecia de olhos fechados, exteriorizando meus “ai ai ai ai!” só em pensamento.
Eu tenho um certo orgulhinho de ser forte a dor, não sou do tipo que corre de uma barata nem grita histericamente, só se eu for pega realmente de surpresa ou se estiver fazendo charminho. Não sou do tipo que chora e geme e se lamenta por qualquer dorzinha. Quando fiz a cirurgia pra retirar as amígdalas todo mundo ficava espantado como eu estava bem, conseguia até falar direitinho e nem fazia drama com nada. Mas aí eu fiquei pensando que eu deveria era gritar mesmo, fazer todo drama do mundo, chorar sempre que tivesse vontade. Todo mundo acha que eu sou realmente forte, mas aqui dentro dói também. Ás vezes eu também preciso ser consolada, às vezes até mais do que a menininha que chora e grita porque teve um arranhão qualquer.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Eu não sou muita boa de confessar coisas. Sempre troco as palavras, enrolo-me toda, faço pausas de 5 minutos entre uma palavra e outra, e no final das contas, ninguém entende o que eu quis dizer. Mas lá vou eu, afinal, escrevendo, para mim, é mais fácil. Apeguei-me a você. Fato. Não, não estou falando de amor da vida, nem de paixão, nem de juntos para sempre, nem nada nem um pouco parecido com isso. O que eu quero dizer é simples e sem mensagens subliminares, sem diversas interpretações, é apenas isso: apeguei-me a você. Já me acostumei com a sua presença. Sabe aqueles bons amigos que você gosta de sempre ter por perto? Mais ou menos isso. Gosto de lhe ligar para falar nada e escutar você falar de tudo, gosto da suas inúmeras mensagens, gosto de você aqui por perto. Gosto de fazer parte do seu cotidiano.
Agora só falta eu descobrir se isso de se apegar é uma coisa boa ou ruim.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Auto-escola

Semana passada me peguei pensando no meu tempo de auto-escola. Pensava no sacrilégio que era descer para ter as aulas práticas. Eu descia com um apertinho lá dentro, pensando se naquele bendito dia eu conseguiria fazer uma baliza descente eu se passaria uma vergonha nacional. Sorte minha que meu instrutor, para quebrar com os clichês, era super bonzinho. Não gritava, nem me chamava de burra, era, ainda por cima, engraçado, morria de rir com as conversas dele. Mas por mais simpático que ele fosse, ele não estava sempre dentro do carro comigo me dizendo o que fazer. Havia partes da aula que ele saía, e ficava me observando de longe, ele e mais todos os outros instrutores. E nessas horas eu rezava para todos os santos, deuses, entidades e derivados. Rezava tanto para eu conseguir fazer as coisas certinhas quanto pra aula acabar rápido. Sem contar o estresse do mundo todo que foi no dia da prova mesmo. Não, eu não passei de primeira. Cheguei em casa depois do meu fracasso na primeira prova e meu deu uma vontade de chorar, pensando já que eu não passaria nunca nesse negócio. Mas aí da segunda vez parecia que eu estava em transe em quanto estava fazendo a prova, parecia que não era eu ali, fiz tudo direitinho, rapidinho e pronto. E hoje, cá estou eu, dirigindo até razoável. Tá, eu sei que bati uma vez, mas isso faz parte. Hoje parece tão distante aquele tempo do frio na barriga quando tava chegando a hora da aula. Tudo passa. Até as piores coisas. No tempo de auto-escola eu ficava achando que isso não terminaria nunca, sentia uma inveja mortal de quem já tinha passado por isso e uma dó sem medida de quem ainda passaria. Mas, ainda bem, para mim já passou, como quase tudo na vida, simplesmente passou.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Falta de água

Hoje percebi que realmente eu tenho senso de humor, mesmo com o nariz entupido, falando “bãe” ao invés de “mãe”, dor de cabeça, fadiga, e todas essas porqueiras que vêm junto com uma gripe (gripe normal, eu espero).
O fato é que eu fui tomar banho antes de ir a faculdade, liguei o chuveiro e...cadê água? Liguei a torneira da pia, e nada. Então perguntei: “Paiiiiii, faltou água, foi?”, e ele: “Não sei, filha, olha aí nos outros banheiros”. E lá fui eu, abrindo e fechando torneiras e chuveiros e nada da água. Até que quando fui ao banheiro do quarto dele: água!! Não pestanejei em tirar a roupa e me jogar logo dentro do chuveiro. Passei xampu, sabonete, feliz da vida; mas na hora de tirar o xampu e o sabonete quem disse que a água continuava lá. Tinha acabado. Eu poderia ter ficado puta da vida, xingado adoidado, mas muito pelo contrário, tive uma crise de riso pensando: “bem típico, eu poderia estar num filme”. Então, no meio da crise de riso, enrolei-me numa toalha e comecei a gritar por painho. Quando ele chegou ao banheiro, ainda fiz uma pose acompanhada do meu “tchanram!!”. Assim que me viu toda ensaboada e com xampu no cabelo, como bom pai, entrou logo em ação, dizendo pra eu esperar que ele resolveria. Voltei para o chuveiro, e fiquei tentando tirar o xampu com os restos mortais da água, algumas gotinhas insignificantes, mas, de repente, para minha surpresa: água! Ela voltou de verdade, e não só gotinhas insignificantes, mas sim aquele jorro de água digno de quem está doido pra tirar o xampu do cabelo. Nisso, painho começou a bater na porta; saio, enrolo-me na toalha, e quando abro, lá está ele com um balde cheio de água. Talvez o bom humor seja genético, porque quando eu disse que a água já tinha voltado ele nem se estressou por ter enchido um balde à toa.
Tudo se resolveu, eu cheguei a faculdade cheirosinha, de cabelo limpo, e ainda tive uma crise de riso :)

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

.

Acordei com uma agonia que não cabe em mim. Ando a casa toda a procura de algo que não sei bem o que é. Tenho vontade de dormir, só dormir, para não ter mais que procurar. Tenho tanta coisa pra fazer, mas não tenho vontade alguma de fazê-las, e isso só faz aumentar minha agonia. Acordei com uma vontade de gritar, de gritar tão, mais tão alto, que alguém pudesse compreender, e talvez, quem sabe, salvar-me. O telefone tocou. Número desconhecido. Depositei minhas esperanças pra que fosse alguém que me arrancaria dessa inércia, mas era só uma amiga pedindo o telefone de outra. Eu sei que depender de alguém para ser salva é burrice, sei que preciso me resgatar inteiramente sozinha. Mas ultimamente eu estou precisando de um colo, um colo bem aconchegante, onde eu possa deitar minha cabeça, fechar os olhos e saber que tudo dará certo. Agora tenho que ir, escutei meu celular tocar, talvez agora seja alguém capaz de me salvar.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Forever Young

Hoje enquanto voltava do salão, dentro do ônibus, vi uma mulher com uma tatuagem nas costas. Dizia: “Forever Young”. Achei tão linda, tanto pela frase em si, quanto pela música. Acredito que tanto eu, quanto a mulher da tatuagem, quanto Bob não estávamos falando do “Young” em relação ao corpo, mas sim à mente. Eu quero do fundo do coração, permanecer para sempre jovem. Não estou falando de ficar sem rugas, nem que o meu braço não fique molenga. Estou falando de continuar a sonhar; de ter perseverança para tentar arduamente realizar esses sonhos; de ajudar quem eu puder sempre que possível, de deixar que me ajudem também; de ser justa e verdadeira; de ser corajosa e forte, para enfrentar todas as desventuras dessa vida; e acima de tudo, de ser feliz. De ser feliz apesar de tudo.


May God bless and keep you always,
May your wishes all come true,
May you always do for others
And let others do for you.
May you build a ladder to the stars
And climb on every rung,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

May you grow up to be righteous,
May you grow up to be true,
May you always know the truth
And see the lights surrounding you.
May you always be courageous,
Stand upright and be strong,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

May your hands always be busy,
May your feet always be swift,
May you have a strong foundation
When the winds of changes shift.
May your heart always be joyful,
May your song always be sung,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

Forever Young.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

E agora?

Eu já nem sei o que sinto. Queria entender, nomear, mas não consigo. Eu já tive certeza, e olhe que para eu ter certeza de alguma coisa é difícil. Eu já abri a boca e o coração pra dizer: “eu gosto de você, de verdade”. No começo, era um gostar de querer lhe ter, querer que você fosse meu e ponto final. Depois, devido às circunstâncias, virou um gostar meu. Um gostar só, um gostar simples e puro, sem querer que você fosse meu, sem esperas, sem expectativas, apenas um gostar, apenas a certeza do gostar. Agora eu não sei mais, só sei que algo está mudando. E eu já nem sei mais se gosto de você como antes. Mas sei que gosto de você por perto, gosto da sua amizade, mas estamos distantes. As nossas conversas estão recheadas de silêncios, não nos vemos com a freqüência de antes, e diferente do começo que eu tinha tudo pra lhe dizer, hoje faltam palavras. Eu sempre aprendi a superar muito rápido o fim de um gostar, o fim de um relacionamento amoroso. Mas não temos mais isso para eu lamentar, e se fosse só isso, seria melhor. Tenho medo, no final das contas, de perder um amigo.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Vida de estudante

Sair de casa ás 9 da manhã e voltar ás 7 da noite. Ter um curso intensivo de como usar a câmera em 15 minutos. Andar a universidade inteirinha. Adentrar-se numa obra para conseguir falar com o pedreiro. Tirar fotos, muitas fotos. Sair à procura de um hippie, e, inacreditavelmente, não achar nenhum. O ônibus quebrar. Ir andando pelas entucas do centro e ver um homem tirando uma arma de dentro da bermuda. Ir a um cemitério pela primeira vez. Andar em um carro com 8 pessoas. Fotos, vídeos e risos, claro. Outro ônibus, todas as coisas da minha carteira caindo no chão. Ir á Igreja Universal, passar 9284384 mil horas esperando lá, e não conseguir a entrevista. Ir atrás de um hippie na praia, achar, e levar um não quanto a ser filmado. Terminar tudo com um cansaço imenso, pés doídos de tanto andar, suja e suada. Mas sabe, é tão boa a sensação de dever cumprido, e melhor ainda fazer tudo isso e passar por tudo isso na companhia de pessoas maravilhosas. Só pelas crises de riso já valeu à pena.

sábado, 25 de julho de 2009

Quase dezoito.

Tem quase dezoito anos, mas sente que tem uns sessenta. Sente-se tão só, ninguém parece pensar e sentir como ela. Ela pensa além da escola, dos meninos bonitos, do vestibular. Ela quer ser mais, mas sente que está apenas desperdiçando a vida. Ela quer ajudar, fazer a diferença, enquanto a única preocupação das suas amigas é tirar boa nota em física. Ela sente, ela absorve, ela vive. Sente mais, muito mais. Tudo para ela é tão intenso, palpável, pesado, concreto. É difícil respirar. Todos dizem que ela é uma boa garota, menina calma, estudiosa. Mas é só isso? Ser bom se baseia nisso? Ela nunca amou sem medir conseqüências, nunca se arriscou para salvar alguém, nunca disse “eu te amo” para quem realmente merecia. Ela tem tanto, mais tanto medo. Medo de nunca fazer nada, de continuar a ser apenas a boa garota. Tem medo de nunca amar, de nunca ser fundamental para alguém, de que alguém nunca diga que precisa dela. Dói, tudo dói. Mas ela prefere assim. Talvez o maior de todos os medos seja deixar de sentir, conformar-se, parar de chorar e de sorrir e, principalmente, deixar de sonhar.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Água com açucar

Já eram amigas fazia um tempo, estavam encostadas em um carro ao final de um show, quando uma confessou:
- Estou em uma fase em que quando vejo um casal, eu fico meio abestalhada, encarando-os, querendo para mim também.
A outra, logo confessou em seguida:
- Eu também! Quando eu vejo um casal me dá uma vontade de chegar perto, de sentar do lado deles para sentir também.
Apesar da melancolia da situação, as duas desataram a rir, imaginando a cena. Quando voltaram cada uma para sua casa, antes de dormir, as duas pensaram a mesma coisa:
“Não, não estávamos brincando. Estamos no meio das férias, saindo, curtindo; não era para estarmos assim. Mas estamos. Queremos um amor de verdade. Já está na hora. Alguém que dê uma reviravolta nessa nossa vidinha. Que faça todo santo dia valer à pena. Que nos faça rir como ninguém mais. Que nos faça feliz. Piegas e água com açúcar sim, mas é a verdade.”

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Uma batida de carro e algumas constatações

Tirando os dramas que sempre me acompanham, eu posso dizer que tenho sorte. Eu tenho muita sorte, pois não estou sozinha. Não há nada melhor do que saber que não se está sozinha nessa vida, saber que tem alguém, nem que seja uma única pessoa no mundo inteirinho, que está ali pra você; que lhe entende, escuta-lhe, ajuda-lhe. E eu tenho. Não tenho só uma, tenho várias pessoas que eu sei que posso contar.

E no fim das contas é só isso que realmente importa: os amigos.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Porque os nossos filhos serão lindos

Não sei como seria minha vida sem ela, quer dizer, na verdade, sei. Aposto que seria um tanto sem graça, faltaria algo sempre. É com ela que passo alguns dos meus melhores momentos, sem dúvida. Mas o que mais me impressiona é a nossa capacidade de pensar igual, já aconteceu muitas vezes de eu pensar uma coisa e por vários motivos não externar, e quando eu percebo, lá vem ela, externando justamente o que eu havia pensado. A gente tem essa vontade de viver, de conhecer gente; nós vemos o mundo de maneira bem parecida, uma maneira bem nossa. Espero tê-la ao meu lado por um bom tempo, pois não tem nada melhor que saber que há nesse mundão de Deus uma cabeça que funciona como a sua, que pensa como sua; de saber que há alguém com um sorriso que sorri quase nas mesmas horas que você;

de saber que ela estará lá sempre que eu precisar; e eu estarei aqui, sempre que ela precisar.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Gosto Tanto de Você

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor obrigação de acontecer
Eu acho tão bonito
Isso de ser abstrato, baby
A beleza é mesmo tão fugaz
É uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido
Como uma idéia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de acontecer
Pode até parecer fraqueza
Pois que seja fraqueza então,
A alegria que me dá
Isso vai sem eu dizer
Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer(eu vou sobreviver)
O que eu ganho, o que eu perco
Ninguém precisa saber.


Lulu Santos.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Amores

Eu gosto de lhe ter por perto. Fato. Sou melhor porque lhe conheci, porque sei que estará ali para mim. Mas está tudo tão complicado ultimamente... quer dizer, eu estou tão complicada ultimamente. Não sei mais o que quero, não sei se é suficiente para mim. Eu geralmente sou daquelas que se é não suficiente, esquece, acaba, parte para outra. Mas nem sempre consigo. Você é a segunda pessoa em toda minha vida que tive dificuldade em simplesmente esquecer. Da primeira vez que isso aconteceu fiquei me perguntando o porquê, mas agora já sei. Tanto você quanto ele deixaram algo em mim, acrescentaram-me algo, e eu não podia simplesmente esquecer, eu sou grata pelo que aprendi. O outro já se foi, mas porque tinha que ser mesmo, nada é para sempre, mas demorei um tanto para deixá-lo ir. Dele ficou o gosto de comprar filmes verdadeiros, o gosto por Saramago e por The Killers e uma vontade de ser melhor sempre. Ainda tenho você por perto e não sei o que ficará quando você se for, provavelmente a lembrança do seu sorriso, que é um dos mais lindos que já vi; a lembrança de certos apelidos carinhosos, da sua presença constante em minha vida, das vitórias e dramas automobilísticos.

Quanto tempo será que você ainda ficará por aqui?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Afinal, de que eu preciso?

E lá vem a pior das fases, aquela do tanto-fez-tanto-faz, aquela que você sabe que algo mudou, não é mais o mesmo; mas não há nada a se fazer, a não ser aceitar.
E eu fico nessa eterna dúvida, não sei o que fazer, estou sempre pedindo conselhos. Ir ou ficar? Afastar-me ou não? Não sei. Eu queria ser forte o suficiente para ficar, para ficar com um sorriso, para ficar conformada com tudo, porque se é para ficar sofrendo não adianta. Se eu me afastar, esqueço mais rápido, mas... e os momentos bons? Logo eu, que acho que a vida é feita de pequenos momentos. Mas aí eu não estaria mendigando alguns momentos com ele?
Preciso de uma luz, uma idéia genial para me tirar dessa, um momento de epifania. Ou será que preciso só de tempo? Tempo para tudo correr por si mesmo, tempo para esquecer, tempo para viver os momentos bons. Não sei.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

"Estou te querendo muito bem neste minuto. Tinha vontade que você estivesse aqui e eu pudesse te mostrar muitas coisas, grandes, pequenas, e sem nenhuma importância, algumas.Fique feliz, fique bem feliz, fique bem claro, queira ser feliz. Você é muito lindo e eu tento te enviar a minha melhor vibração de axé. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim."


c.f.a.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Meu gostar.

Talvez eu goste do gostar. Gosto da sensação.



Você...quase já não penso mais.

sábado, 13 de junho de 2009

Meu amor

Ah, meu amor. Meu amor é lindo. Ele tem uns olhos que brilham como nunca vi antes, e tem o sorriso mais lindo e mais verdadeiro do mundo inteirinho. Meu amor tem o melhor abraço e o melhor colo. Meu amor tem uma boca perfeita. Meu amor gosta de passar as tardes comigo, eu deitada no colo dele lendo um livrinho qualquer, ao som de uma música calma. Meu amor ama assistir aos meus filmes comigo. Meu amor está sempre pensando em mim, e me ama de um jeito só dele.


Ainda não sei o nome do meu amor, e só que peço que quando a gente se cruzar numas dessas avenidas da vida, ele me reconheça e sorria seu sorriso mais bonito.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Solidão [2]

Não há nada mais bonito que o encontro de duas solidões. É incrível como elas se reconhecem de longe, uma sente a outra. E solidão é um pouco tímida, vai se aproximando aos poucos, puxando assuntos desconexos, e quando percebemos já são companheiras. Nada melhor que ser só junto de outra pessoa. Quem é sozinho sabe o valor de encontrar essa outra pessoa, aquela com quem você pode contar sempre. As solidões costumam andar de mão dada, para nenhuma nunca se soltar e voltar a caminhar por aí, sem destino, sozinha. Elas riem das piadas uma das outras, e ensinam tantas coisas e vivem tantos momentos juntos que não querem mais se separar. A minha solidão se junta com a sua solidão e só assim somos completos, só assim esquecemos que somos sozinhos, só assim nos damos as mãos, para nunca mais nos separarmos e sairmos por aí, sem destino, sozinhos.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Amor Humor

Você é meu humor. Fato.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Seus medos e a garagem

No começo dessa semana enquanto eu estava indo ao inglês com painho e meu irmão, na garagem do prédio um senhor estava tendo uma crise. Ele deve ter uns cinquenta anos no máximo, mas chorava feito uma criança de cinco, e gritava: “não quero, não quero”. Eu tive pena, e não, não acho que sentir pena de alguém seja algo ruim como todos dizem, é apenas sensibilidade pelo outro, pior é a indiferença. Ele chorava e gritava tanto, parecia que os gritos vinham bem do fundo da alma, e eu fiquei me perguntando de que ele teria medo. Eu tenho medo, morro de medo todos os dias, aflições e angústias me perseguem, mas eu nunca chorei na garagem do prédio. Só no quarto, no banheiro, na cozinha e na sala. Eu tive pena. Nunca se pensa que um homem de cerca de cinquenta anos, casado e com filho, possa se dar ao luxo de chorar e gritar na garagem do próprio prédio. Mas esse chorou e gritou. Chorou e gritou como eu nunca fiz, apesar dos meus medos. De que será que ele tem medo? Talvez fosse disso que eu precisasse, chorar e gritar na garagem do prédio, só por um tempinho, só pra lavar a alma.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Flor da Pele

"Ando tão à flor da pele
Que qualquer beijo de novela
Me faz chorar.
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar "flor na janela"
Me faz morrer.
Ando tão à flor da pele
Que meu desejo se confunde
Com a vontade de não ser."


Zeca Baleiro.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Everything will be alright

Eu poderia dizer que meu mundo caiu; que perdi meu norte, sul, leste e oeste; que estou sem direção, tão perdida que além de não encontrar o caminho, nem ao menos me encontro. Poderia dizer que estou profundamente magoada, que meu coração está partido; que lhe odeio pelo que me disse. Mas não, eu gosto de você. Estou com um apertinho de leve no peito, e tive sim, vontade de chorar, mas essa vontade veio com a certeza que essas lágrimas me renovariam. Pela manhã estaria melhor. Acho até certa graça na minha mania de dramatizar tudo, porque afinal, eu estou bem.

domingo, 24 de maio de 2009

Desistir

Desistir das coisas não é tão difícil assim. Ver a sua sombrinha, ou um lenço, ser levado pelo vento é fácil de suportar. Mas desistir das pessoas é realmente complicado, além de doído. Ontem eu desisti. Não desisti com raiva, amargura, nada disso. Simplesmente desisti da maneira mais harmônica que um desistir de alguém possa ser. Mas mesmo assim dói. Dói e faz você querer chorar, mesmo que tenha sido uma opção própria. “Por que me fez desistir de você? Por que você não se esforçou só um pouquinho? Eu gostava tanto de você...” Passei minha vida toda ouvindo dizer que desistir é para os fracos, mas há o outro lado do desistir. O desistir dos fortes, aquele desistir de saber a hora de deixar as coisas correrem por si sós; de se esforçar ao máximo, mas saber quando já não dá mais. Precisa-se, realmente, de muita força. Quando você desiste de uma pessoa, ela leva consigo uma parte sua, e só os fortes conseguem sobreviver sem essa parte.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

"Eu te amo" não é "Quer casar comigo?"

Eu gosto de você, fato. Gosto de ter você por perto, gosto da sua voz, de ouvir suas histórias. Posso até dizer que amo o seu sorriso, aquele de criança travessa. Mas isso não significa um compromisso. “Eu gosto de você” não é a mesma coisa que “Quer namorar comigo?”, como um “Eu te amo” não significa exatamente um pedido de casamento.
Hoje, há aquele medo gigantesco de parecer frágil e não existe momento de maior fragilidade, de insegurança, quando você olha nos olhos de outra pessoa e diz: gosto de você, de verdade. Não vou nem falar do “eu te amo”, até porque não se aplica muito a mim, acho que precisaria de anos de terapia pra tomar uma iniciativa dessas. De qualquer jeito, há uma enorme fragilidade nesses momentos, principalmente, quando você não faz idéia do que a outra pessoa possa dizer. Mas eu acredito que gostar é isso mesmo, é se entregar, é a fragilidade em si. É abrir seu coração. Mas quando se diz isso, não significa que se quer selar um compromisso-até-que-a-morte-nos-separe. Significa apenas a vontade de expressar os sentimentos, significa, além de tudo, coragem.

domingo, 17 de maio de 2009

Sorriso

Passei uns dez minutos encarando a tela do computador pensando no que eu escreveria. Tenho sim sobre o que escrever , sobre meu aperto no peito, mas não consegui entrar em detalhes. Só sei que dói, tudo dói. Perco minhas forças por um instante, queria poder ficar na cama o tempo todo. Estou fraca. Ontem contei tudo a uma amiga entre gargalhadas, realmente é melhor rir que chorar. Mas hoje já não sinto vontade de rir. E não, não sei se seria uma boa companhia hoje. Minha decepção é grande, ocupa todos os espaços. Mal tenho espaço pra ser eu mesma. Meu olhar muda, meu sorriso entorta. Não chorei, só ontem, de rir, mas sinto que elas estão aqui tentando a todo custo sair, ver o mundo daqui de fora. Você nem percebe, nem percebe que meu olhar mudou, ou se percebe, finge que não. Queria que fosses chato, grosso, antipático, um saco, só assim eu desencanaria de vez. Mas eu me apego a tudo de fofinho que fazes, mesmo que não seja o suficiente, lá estou eu com os olhinhos brilhando com um mero afago. Essas incertezas sempre me perseguem. E segundo "Ele Não Está Tão Afim de Você" eu deveria esquecer, cair na real, ele, definitivamente, não me quer. Mas então ele sorri, aquele sorrisinho peralta, de criança, e é aí que eu esqueço tudo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Geni?

"- Gostou desse anel mesmo, não foi, filha?
- Ah, mãe, é que eu só to com esse agora.
- Cadê os outros?
- Eu dei.
- Você dá para todo mundo?
- É, mãe, eu dou para todo mundo.
- Que promíscua. Ao invés de "joga pedra na Geni" deveria ser "joga pedra na Mimi".


Ri horrores.

terça-feira, 12 de maio de 2009

TPM

Agora me deu vontade de chorar. Logo agora. Ontem mesmo estava eu admirada com a minha alegria, minha fase de “everything will be alright”. Mas agora está tudo tão complicado, estou cansada. Cansada de verdade, queria dormir, pôr minha cabeça em um colo bem aconchegante e só acordar amanhã, ou daqui a uma semana. Não tenho problemas reais, fato. Ninguém morreu e não passo fome. Mas mesmo assim não dá para sorrir toda hora, embora seja isso o que esperam de mim. Cada pessoa um mundo, um mundo intransponível. E cada um com seus problemas, mesmo que sejam imaginários. Queria assistir a um filme, mas estou sem tempo, tenho que estudar. Queria que tudo se descomplicasse. Mas será que assim perderia a graça? Queria que essa espinha sumisse. Queria ser magra. Queria que meus cabelos não fossem oleosos. Queria não querendo que ele pensasse em mim. Queria que se decidisse. Queria não me preocupar tanto. Queria todos meus amigos aqui. Queria saber subir a maldita rampa da garagem daqui do prédio. Queria conseguir estar sempre bem humorada. Queria dizer mais “eu te amo”, quase nunca os digo. Queria saber leitura dinâmica. Queria falar francês e espanhol. Queria viajar a Grécia. Queria que ele não só falasse. Queria ter unhas bonitas. Acho que o que eu queria mesmo era que passasse essa maldita TPM.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Para tempo, para!

Voltando do colégio, de carro, tudo passava tão depressa que ela chegava a ficar tonta. Ela tinha medo dessa velocidade. Ela temia que tudo passasse e não desse tempo ela participar. Via apenas vultos se beijando, abraçando-se. Mas vultos não a satisfaziam. Ela queria ver (sentir) o desenrolar daquele beijo. Será que fora um beijo de despedida, o último beijo de amor, e agora eles tomariam rumos distintos? Ou fora apenas o primeiro de tantos outros? E os abraços? Seriam eles amigos, bons amores ou ótimos amantes? Não dava tempo saber. Ela precisava saber. Tudo na vida não podia ser assim, tão rápido, fugaz... Ela queria pôr as mãos do lado de fora e agarrar cada momento, guardar no bolso se possível. Ela até que tentou, mas nem o vento queria parar para ela.
Chegando em casa, foi direto dormir. E ali sob as cobertas, ela viu o desenrolar da história. Não fora nem o último nem o primeiro beijo, quase certeza fora o 38º. Eles não eram amigos nem amores nem amantes. Eram irmãos.
Ela acordou com um sorriso bobo que só adivinharia o motivo se tudo não corresse tão depressa.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Desencontro

Geralmente não havia nada quando eu ou você não estávamos aqui.



Hoje eu e você estamos aqui e já não há mais nada.

sábado, 25 de abril de 2009

Abraço

É pôr dois corações juntos, coladinhos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Expectativas

Eis aí o meu maior problema. Acreditar demais, esperar demais. Sempre quero que as coisas perdurem o suficiente, que elas permaneçam comigo da melhor forma, para eu aproveitá-las por inteiro. Mas isso raramente acontece comigo. As pessoas sempre passam rápido por mim. Ficam por um tempo, levam um pedaço meu e deixam um pedaço seu comigo. Mas nunca voltam para buscar tal pedaço. Nunca voltam. Tudo passa, e logo comigo que queria tanto reter as coisas, absorvê-las. Respirar os momentos bons, inalar amores, absorver amizades. Mas tudo passa, logo comigo que espero tanto. Espero tanto da vida, espero tanto de mim, espero tanto dos amores, amigos. Pensei em terminar de escrever falando que a solução para mim seria parar de sonhar, de esperar, de criar expectativa com algumas coisas que mal começaram. Mas não, esta não é a solução. Espero sim, espero o melhor da vida. E vou continuar assim. Quem sabe um dia alguém não decide ficar por aqui.

sábado, 18 de abril de 2009

Passou

Um ano passou. Sua vida deu uma reviravolta, não é mais a mesma. Tudo saiu do lugar para sempre. Ela está na universidade, sua preocupação momentânea é passar no teste de direção. Logo ela, que sempre foi tão sonhadora, encontra-se rodeada de tanta realidade. Seu coração aperta, querendo voltar a ter uma dona criança, sem preocupações. Ela até que tenta explicar-lhe que isso não é possível, ela cresceu. Não tem como voltar, ela até queria. Mas corações são assim mesmo, sempre inconformados. Tanto seu coração quanto ela própria terão que entender que a vida não para, nunca para. Ela é levada por uma ventania e mal tem tempo de pentear os cabelos, quando percebe, já está dez anos mais velha. A sua maior agonia é que ninguém parece se importar com isso, todos estão correndo sempre, e nem se dão conta que não foi um dia que se passou, mas sim um mês inteiro. Ela tem essa vontade de viver tão grande, mais tão grande que ela parece sentir tudo mais que os outros, e por isso sofre mais. Tem gente que não vive a vida toda e nem se dá conta. Ela, se não vive um dia, sente-se péssima. Ela precisa de emoções fortes para se sentir viva. Ela precisa de surpresas. Ela precisa de amores gigantescos, de dimensões imensuráveis. Ela precisa viver o que resta como se não restasse mais nada.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Moulin Rouge

Escutando a trilha sonora de Moulin Rouge, penso na relação entre o amor e o ato de escrever, principalmente se for um amor sofrido e doído. A fase em que mais escrevi foi quando ele se foi, sumiu sem aviso, deixou-me sem refúgio e sem direção. Escrevia sobre a dor, o fim do amor. Hoje seria muita hipocrisia escrever sobre ele. Foi-se, não sinto mais nenhuma falta, só lembrei-me dele porque estava lendo meus antigos textos. Hoje tenho que procurar lá no fundo um assunto sobre o que escrever. Escrevo sobre mim. Admiro os que não sofreram com uma desilusão no amor e escrevem sobre isso perfeitamente. Não tenho tamanho dom. Ultimamente tenho sentando por aqui para registrar uma calmaria que me acompanha já faz um tempinho. Achava eu que já estava na hora de um novo amor me arrancar dessa leveza, mas vejo que estou bem assim. Estou bem comigo mesma. Só assim me conheço, sento para escrever como sou além de outrem, como sou realmente, sozinha, como sei sorrir desacompanhada, como ainda vejo beleza por mim mesma sem que alguém me aponte. Ponho no papel minha personalidade e me analiso com olhos compreensíveis. Perdoo minhas falhas e admiro minhas qualidades. Pensando bem, ficar um pouco sozinha não faz mal a ninguém. Mas que eu queria um Ewan McGregor cantando apaixonado para mim, eu queria.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Montanha-russa

Faltando quatro dias para os seus dezoito anos, ela se sentia mais só que nunca. Sentia sua família distante, todos se esforçando, interpretando um papel. Ela estava completamente perdida, esquecera as falas do próximo ato, não sabia o que fazer. Suas amigas pareciam mais fúteis que nunca. Pareciam não se importar. Mas no fundo ela sabe que boa parte de tudo isto se dá ao fato dela sentir mais que todos. Não há sensibilidade maior. Por isso sua vida é uma montanha-russa. Quando está lá no alto, ela sorri como uma criança, a vida é boa e ainda resta beleza. Ela acredita. Mas quando está lá em baixo, ela fica inerte, vê tudo passando, tudo cinza, misturado, confuso. Ela não se importa de não voltar mais para casa. Mas aí é que reside a beleza. Apesar dos momentos de inércia, ela sabe que não conseguiria desistir. Desistir da vida a privaria dos momentos no alto da montanha-russa, aqueles em que ela olha para baixo, acena, sorri, grita. Há beleza em como ela se transforma, desabrocha, são pequenas coisas que há fazem voar. Um filme, uma frase, um pensamento, uma voz, um cheiro. As pequenas coisas a fazem feliz, nem que seja por um dia ou dois.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Refúgio

Descobri! Descobri depois de tanto tempo porque continuo pensando em você incessantemente. Sempre me fiz essa pergunta. Não conseguia entender como eu “abusava” de certas pessoas tão facilmente, de quem realmente gostava de mim, e com você era tão diferente. Nós nem nos falamos mais e eu sonho com você todos os dias, eu ainda choro por você. Permito-me pensar nisso um dia todo, analisando fatos e dados. Você é meu refúgio. Era, ao menos. Saber da sua existência, falar com você, ir a sua casa me fazia melhor. Tornava-me diferente. Eu fugia de todas as conversas fúteis, da minha incompatibilidade com o mundo. Quando minhas amigas se preocupavam apenas em discutir sobre onde a depilação doía mais, e almejavam apenas casar e ter dois filhos, eu pensava em você. Pensar em você me imunizava de toda aquela besteira, daquela falta de querer algo mais, de ser melhor, de mudar algo. Daquela realidade crua jogada na minha cara. Na cara de uma sonhadora. Agora perdi meu refúgio. Estou tão perdida ultimamente, não sabia o porquê. Descobri: perdi você. A tristeza me invade sem avisar e não tenho aonde ir. A solidão vem me fazer companhia porque eu não lhe tenho mais. Creio que agora só resta aprender a me salvar, sozinha. Ser meu próprio refúgio.

terça-feira, 31 de março de 2009

Leaving on a Jet Plane

All my bags are packed down,
I'm ready to go,
I'm standing here outside your door
I hate to wake you up to say: goodbye

But the dawn is breaking,
It's early morn,
The taxi's waiting, he's blow his horn,
Already i'm so lonesome i could die.

So kiss me and smile for me,
Tell me, that you'll wait for me
Hold me, like you'll never let me go!
Cause i'm leaving on a jet plane
I don't know when i'll be back again
Oh, Babe, i hate to go!

Ahh ahh, ahh ahh

There's so many times i've let you down,
So many time i've played around,
But darling, now they don't mean a thing.
Every place i go, i think of you
Every song i sing, i sing for you
When i come back,
I'll wear your wedding ring.

So kiss me and smile for me,
Tell me, that you'll wait for me
Hold me, like you'll never let me go!
Cause i'm leaving on a jet plane
I don't know when i'll be back again
Oh, Babe, i hate to go!

And now the time has come to leave you,
One more time let me kiss you,
Then close your eyes and i'll be on my way!
Dream about the days to come,
when i won't have to leave alone
About the times when i won't have to say:

Ohh

Kiss me, and smile for me,
Tell me, that you wait for me,
Hold me, like you never let me go!
Cause i'm leaving on a jet plane
I don't know when i'll be back again
Oh, Baby, i hate to go!

I'm leaving on a jet plane,
I don't know when i be back again
Oh, Baby, i hate to go!

I'm leaving on a jet plane,
leaving on a jet plane,
leaving on a jet plane,
leaving on a jet plane,
leaving on a jet plane,
leaving on a jet plane,
leaving on a jet plane,
leaving on a jet plane...

domingo, 29 de março de 2009

Quem quer ser um milionário?

O que é preciso ter para encontrar um amor perdido?

A. Dinheiro
B. Sorte
C. Inteligência
D. Destino

Amor e Inocência

"- Poderei ter isto?
- O quê, precisamente?
- Você.
- Eu, como?
- Esta vida com você
- Sim."

sábado, 28 de março de 2009

Bons Momentos

Surgiu e mudou meu mundo, transformou-me. Nada mais me importava, simplesmente não fazia diferença. Você era meu tudo, meu humor, meus sorrisos, minhas lágrimas. Eu era você. Mas você não era eu. Eis aí o problema. Você foi embora e eu fiquei sem meu eu. Perdi-me. Decidi empregar todas as minhas forças para lhe esquecer. Ser eu de novo sem você. Fiz promessas, jurei por Deus e por mim que lhe esqueceria. Passado um tempo tudo se alterou, acalmou-se. Já não tenho mais vigor suficiente para esse trabalho tão árduo. Desisto. Ás vezes é preciso entregar os pontos. Você ganhou, baby. Não lhe quero mais como antes, mas sei conviver com sua presença em mim. Aprendi a deixar meus pensamentos livres, não me policio mais. Permito-me evocar você e sorrir. Junto minhas energias para algo mais produtivo. Reúno-as para mim, para me fazer feliz. Sinto-me bem mais leve sem me empenhar tanto em não sentir saudade. Conscientizei-me que acabou, mas bons momentos são feitos para serem lembrados. Você foi “meus bons momentos” e eu me recordarei sim.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Batom rosa

Ontem, enquanto voltava do RPG, andando pela calçadinha, uma mulher me aborda perguntando: “ Você vai caminhar até o final?”, eu respondo que só vou um pouco mais adiante, e ela: “ Então vamos andar juntas.” Achei estranho, mas tudo bem. Lá fui eu andando com ela. Tinha 36 anos, cabelos mais loiros que tudo no mundo e um batom rosa. Devido ao batom rosa (sem preconceito algum) comecei a duvidar da sua sanidade. Ela falava todo o percurso, tendo eu tempo apenas para uns “éé, hmm, tens razão” de vez em quando. Ela falava sobre um acidente que ocorrera há uma semana, que queria por que queria saber o que acontecera ao garoto. Ela estava quase afirmando a existência de algo escabroso por trás do acidente. “ Tudo está muito estranho, ninguém comenta sobre o acidente. Será que ele morreu ou está no hospital? Será que ele se jogou embaixo do caminhão?” Não sabia responder nenhum daquelas perguntas. Depois o rumo da conversa mudou. “ Não sei aonde esse mundo vai parar. Todo mundo só quer saber de farrar, beber, drogar-se. Ainda bem que não nasci nesse tempo.”
Cheguei em frente a minha casa, e eu tive que dizer tchau e atravessar a rua. Ela me disse o nome duas vezes, mas eu não me lembro. Ela disse que foi um prazer me conhecer e que eu parecia uma bonequinha. Ao chegar em casa fiquei pensando que talvez o batom rosa não significasse necessariamente só loucura. Talvez fosse para disfarçar a solidão. Talvez ela estivesse querendo dizer tudo que ela disse pra alguém e não tivesse ninguém por perto. Talvez ela tenha sido, na verdade, corajosa. Será que se, algum dia, eu for tão sozinha quanto ela, terei coragem de abordar uma estranha e usar um batom rosa para aliviá-la um pouco?

domingo, 22 de março de 2009

Frio na barriga

O frio na barriga é como um termômetro de vida. Quando se perde esse tal frio é por que a coisa não tá boa.
Eu realmente passei um tempinho sem frios constantes na barriga, sentia-os de vez em quando, duravam pouco. E assim fui levando, achando até bom não ter aquela agoniazinha constante. Mas agora, esse puta friozinho não me larga. Está sempre aqui, acompanha-me sempre. E é então que a gente pensa que a vida vale a pena porque existe o danado do frio na barriga. Nada como aquela vontade louca de gritar, correr, sumir, aparecer. A vontade de você. Geralmente o frio vem de mãos dadas com um sorriso bobo. Ah, eu amo sorrisos bobos. Sempre tão despretenciosos, enchendo os olhos de um brilho lindo, enchendo a vida de um brilho mais lindo ainda. Por isso eu aconselho, não tenham medo do frio na barriga, muito menos dos sorrisos bobos, pode ser que talvez eles sumam de vez, transformem-se em lágrimas, mas só de senti-los por um tempo, vale a pena.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Aniversário

" -Amanhã faço dez anos. Vou aproveitar este meu último dia de nove anos.
Pausa, tristeza:
- Mamãe, minha alma não tem dez anos.
- Quanto tem?
- Só uns oito.
- Não faz mal, é assim mesmo.
- Mas eu acho que se devia contar os anos pela alma. A gente dizia: aquele cara morreu com vinte anos de alma. E o cara na verdade tinha morrido mas era com setenta anos de corpo."

Clarice Lispector.

terça-feira, 17 de março de 2009

Amizade

Elas se encontraram novamente após alguns anos. Mas era como se sempre estivessem juntas nesse tempo. Os mesmo sorrisos e os mesmos abraços. Talvez uma com os cabelos mais curtos, e outra com eles mais claros. Mas a essência que as fazia se sentirem bem juntas permanecia a mesma. Os mesmos sonhos e ideais, as mesmas piadas e gargalhadas. Talvez uma com os olhos um pouco mais cansados e outra um pouco mais preocupada. Mas o juramento de permanecerem sempre amigas continuava. As fotos engraçadas e os comentários de antes. Agora um pouco de conservadorismo que não havia, mas nada que atrapalhasse, era quase imperceptível.
Ao final dia o temido adeus, a incerteza de uma próxima vez, as lembranças. As inúmeras lembranças de anos de amizade. Ao tomarem seus caminhos, em direções opostas, junto com a tristeza, um sorriso no canto da boca e um brilho no olhar que perduraria por muito tempo.

terça-feira, 10 de março de 2009

Magnólia

"- É amor de verdade? Aquele tipo de amor que faz você sentir uma alegria inatingível e seu estômago parece puro ácido e você vira uma pilha de nervos? E que faz você correr de dor e felicidade e se sentir irremediavelmente apaixonado?
- Você disse umas coisas sob efeito do álccol, meu rapaz. Mas acredito que seja esse tipo de amor."

segunda-feira, 9 de março de 2009

Avós

Minha avó tem rosto, jeito e cheiro de avó. Hoje eu senti um cheiro de avó, mas quando fui procurar de quem era, achei uma mulher de calça justa, blusa apertada com decote e um rosto de quem não podia sorrir.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Distância

Por que o tão longe não é aqui, perto da gente?

Calmaria

Tudo está tão calmo. A felicidade tão cobiçada reside dentro dela. Sempre senta para escrever contando suas tristezas, frustrações. Hoje senta para falar da tranqüilidade que sente. Sem emoções fortes e sem desejá-las, sem decepções. Calmaria. Já disseram que escritores são escritores devido ás suas dores. Pura verdade. Com essa brisa suave ela até esquece de escrever. Expor suas insatisfações é uma terapia. Não se precisa de terapia quando tudo está bem. Alguns fingem suas dores e produzem coisas fantásticas. Mas não ela. Hoje ela sentou apenas para registrar sua felicidade.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Amanda

amanda diz:
pra ficar no tema PAI & CÉU, o meu papis também costumava dizer sempre uma coisa. mas em contexto diferente. a frase cabalísica era : " você vai pra uma festinha no céu hoje" hahaha. isso era usado sempre que eu fazia uma coisa errada. era como uma repreensao. e dava medo. eu sabia que o tempo ia fechar pro meu lado. a vida nao era um ceu aberto naquele momento! amanda diz:
será que todos os pais do mundo utilizam frases de céu pra ensinar coisas aos filhos? hahaha ou é paranoia de familia?
bjos bibi

Pois ela não consegue comentar aqui, e tudo que ela fala, para mim, é de grande importância.
Amo você.

A vida não é um céu aberto

"A vida não é um céu aberto, Camila." Meu pai tem mania de dizer isso para mim. Tanto sério quanto só para me aperriar. Ele sabe que para mim a vida, é sim, um céu aberto. Ou talvez nem seja, mas eu prefiro pensar que sim. Acho melhor pensar que as coisas são fáceis, que não adianta complicar, que não é impossível conseguirmos o que queremos.
Minha mãe, por outro lado, diz que sou muito ingênua, que acredito demais nas pessoas. Pois eu prefiro continuar assim, acredito mesmo e ponto. Ninguém é inteiramente mal ou inteiramente bom, por isso eu escolho ter esperança de despertar o bom de cada um. Não vou me privar de me relacionar, de sair, de conversar, de me aventurar, por medo.
Por isso eu digo, que por mais difícil que pareça estar, acredite que a vida É um céu aberto.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Morangos, poeira e cansaço

Típico nordestino do sertão. Baixa estatura, pernas finas e ventre avantajado. Antônio da Silva, ou simplesmente Tonho. Cansara-se do sol escaldante, do chão seco, das poucas palavras, dos olhos semi-abertos, do trabalho pesado, da mulher magra. Acordou num certo dia e resolveu. “Partirei, aqui não fico mais.” Apesar do hábito, da convivência diária, saiu antes do sol nascer, sem se despedir da mulher. Botou uma blusa de linho branca, uma calça, um terço, e algum dinheiro numa trouxa. Andou, andou e andou um pouco mais. Sempre as mesmas casas de taipa, as mesmas pessoas cabisbaixas, os mesmo choros de crianças com fome. “Não chegaria nunca a lugar nenhum?” Já estava desistindo, no momento de virar o corpo para percorrer o mesmo caminho ao contrário, quando viu. Algo verde, muito verde. Essa cor não fazia parte da sua rotina, por isso parou. Arriscou chegar perto. Uns pontos vermelhos no meio daquele verde todo. Morangos. “Como podia um campo de morangos no meio de toda aquela poeira e cansaço?” Resolveu não pensar. Achara o que procurara durante toda a vida. A vida.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Tom

Tom diz:
back to your blog topic... when in college, same age as you, i had already began to see that the life that i had always envisioned for myself was just a fantasy. so i talked to my mom about it --- btw, mothers are always right--- and she told me to just make memories... as many as i can because when i get old that will be all that i have.

Tom diz:
"never worry about mistakes... make mistakes... you are only making memories"


Essa foi minha lição do dia, da vida.

Coragem

Sempre falaram que a vida era realmente incrível. Ela sabe sorrir para nós bem no momento em que estamos quase desistindo. Passamos por fases simplesmente horrendas. Só tristeza. Mas de repente algo surge, muda. Nós mudamos. Damo-nos conta que é preciso reagir, essa indiferença mata. É necessário coragem nessa vida. Todos temos recaídas, todos temos um amor que não deu certo, certas lembranças que seriam melhor serem apagadas, frustrações e mais frustrações, sonhos impossíveis, insatisfações, perdas. Mas somos o que somos devido a tudo que passamos. Sorrimos apesar de tudo. É preciso coragem nessa vida. Ninguém nunca disse que seria fácil e não é. É puramente confusão, barulho, desencontros. Mas quando há silêncio, quando o barulho cessa nem que por um pequeno momento e a gente se encontra, vemos que vale a pena. As pequenas conjunturas valem mais. Os detalhes fazem toda a diferença. Depois de um certo tempo aprendemos a não recolher os pedacinhos da nossa desilusão mas resgatar apenas os momentos bons.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Hey Jude

Hey, Jude, don't make it bad,
take a sad song and make it better
Remember, to let her into your heart,
then you can start, to make it better.
Hey, Jude, don't be afraid,
you were made to go out and get her,
the minute you let her under your skin,
then you begin to make it better.
And anytime you feel the pain,
Hey, Jude, refrain,
don't carry the world upon your shoulders.
For well you know that it's a fool,
who plays it cool,
by making his world a little colder.
Da da da da da da da da...
Hey, Jude, don't let me down,
you have found her now go and get her,
remember (Hey Jude) to let her into your heart,
then you can start to make it better.
So let it out and let it in,
Hey, Jude, begin,
you're waiting for someone to perform with.
And don't you know that is just you?
Hey, Jude, you'll do,
the movement you need is on your shoulder.
Da da da da da da da da...
Hey, Jude, don't make it bad,
take a sad song and make it better,
remember to let her under your skin,
then you'll begin to make it better (better, better, better,better, better!)
Da, da, da, da da da, da da da,
Hey Jude...
Da, da, da, da da da, da da da,
Hey Jude...
Ando cantarolando por aí.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Fases

1ª fase: A surpresa
Você apareceu do nada e mudou tudo. Era estranho como alguém que eu acabara de conhecer me entendesse tão bem. Até mais que eu. As palavras, piadas, conversas, alegravam-me sempre. Quando estava por perto a felicidade me invadia, completava-me.
Ah, suas palavras...

2ª fase: Mais
Eu me contentava alegre com suas palavras. Mas então, algo mais. Você já era mais eu que eu mesma. Meu limite de felicidade estava no máximo. Com mais um sorriso eu explodiria.

3ª fase: Mudança
Do mesmo jeito que tudo veio de forma inesperada assim se foi. Algo aconteceu, mudou. Eu ainda não sei, talvez nem você saiba. Tinha que ser... O algo mais sumiu. As palavras agora são escassas, perdidas no tempo. E eu lhe mendigo.

4ª fase: Lembrança
Você ainda está em mim.Caso contrário eu não estaria escrevendo. Mas agora você é uma lembrança tênue e ao mesmo tempo constante. Já não lhe mendigo, a não ser em pensamento.

5ª fase: Esquecimento
...

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Mãe x Irmã

Mainha no ápice da raiva com meu irmão:

"- Responda quando eu falar com você!
- Mas mãe, eu tava falando com Camil...
- E eu estava falando com você! Eu sou sua mãe. Mãe é mais importante que irmã. Responda quando eu falar com você!"



Não gostei.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Carnaval

Se sambei horrores com uma semi fantasia e sem calçinha?
Se pulei freneticamente fantasiada e completamente suada?
Se bebi todas, beijei 204043954 caras, e saí de lá carregada por minhas amigas?
Se arrumei um gringo dos ói azul, e que vai me levar pra Suíça?
Se pequei pelo resto do ano nesses dias?

Que nada.

Passei todos esses dias em casa, assistindo trilhões de filmes com a minha mãe.

Solidão.

Já não agüento mais ficar parada. Saio para andar. Na rua casais e mais casais. Toneladas deles. Realmente era tudo que eu não precisava nesse momento. Ando devagar e todos me olham. “Por que será que ela está sozinha?” – perguntam. Mas afinal eu não estou sozinha, não vêem que ela me acompanha, está sempre ao meu lado? Ela percebe meu nervosismo e minha inquietação e segura minha mão. Segura forte, com sua mão firme, como ninguém nunca já a segurara. Não sei se me sinto melhor ou pior, sua mão é fria. Chego a estremecer. Já devia ter me acostumado. Ela sempre está comigo, nos lugares mais cheios ela se contorce, empurra e xinga e consegue acompanhar meus passos. Mas ela prefere um lugar mais tranqüilo, uma noite silenciosa, em que ela pode simplesmente deitar a cabeça no meu ombro e sonhar.