quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Eu sou forte

Essa semana eu fiz umas massagens que a mulher apertava mais que tudo no mundo. Era quase um espancamento consentido. E ela depois me perguntou: “Oxe, você não sente dor, não?” Eu sorri, e disse que sentia sim, mas que eu era forte em relação à dor. Fazendo depilação, a mulher me perguntou a mesma coisa devido a minha placidez enquanto ela praticamente arrancava minha pele fora. E eu respondi do mesmo jeito. Hoje eu fiquei pensando que eu realmente era forte em relação à dor, mas não é que não doesse, doía sim. Na maioria das vezes era uma dor totalmente suportável, mas em outras, dava vontade de gritar, e eu não gritava, permanecia de olhos fechados, exteriorizando meus “ai ai ai ai!” só em pensamento.
Eu tenho um certo orgulhinho de ser forte a dor, não sou do tipo que corre de uma barata nem grita histericamente, só se eu for pega realmente de surpresa ou se estiver fazendo charminho. Não sou do tipo que chora e geme e se lamenta por qualquer dorzinha. Quando fiz a cirurgia pra retirar as amígdalas todo mundo ficava espantado como eu estava bem, conseguia até falar direitinho e nem fazia drama com nada. Mas aí eu fiquei pensando que eu deveria era gritar mesmo, fazer todo drama do mundo, chorar sempre que tivesse vontade. Todo mundo acha que eu sou realmente forte, mas aqui dentro dói também. Ás vezes eu também preciso ser consolada, às vezes até mais do que a menininha que chora e grita porque teve um arranhão qualquer.

4 comentários:

  1. Gostei.
    E, pelo o que eu vi, c só falou de dores físicas, né? É assim tbm com as outras?
    Bjobjo.

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  2. Com as outras eu até tento parecer forte, mas não obtenho muito sucesso =x

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  3. É, acho que as dores não-físicas são mesmo as piores!

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  4. Eu já fiz isso com as dores físicas e não-físicas e quase tive um colapso. Quer um conselho quanto às suas ? Externalize-as. Beijo!

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