terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Solidão.

Já não agüento mais ficar parada. Saio para andar. Na rua casais e mais casais. Toneladas deles. Realmente era tudo que eu não precisava nesse momento. Ando devagar e todos me olham. “Por que será que ela está sozinha?” – perguntam. Mas afinal eu não estou sozinha, não vêem que ela me acompanha, está sempre ao meu lado? Ela percebe meu nervosismo e minha inquietação e segura minha mão. Segura forte, com sua mão firme, como ninguém nunca já a segurara. Não sei se me sinto melhor ou pior, sua mão é fria. Chego a estremecer. Já devia ter me acostumado. Ela sempre está comigo, nos lugares mais cheios ela se contorce, empurra e xinga e consegue acompanhar meus passos. Mas ela prefere um lugar mais tranqüilo, uma noite silenciosa, em que ela pode simplesmente deitar a cabeça no meu ombro e sonhar.

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